17 de Outubro, 09:14
A Psicologia como ciência e profissão tem em sua origem uma representação social de uma área estritamente clínica, que trabalha com as emoções disfuncionais, com a angústia e o processo de adoecimento. Para as pessoas até a presente data, a Psicologia é relacionada ao modelo biomédico e clínico, com a imagem do psicólogo promovendo psicoterapia e auxiliando o paciente a “resolver os seus problemas”. Porém, ao longo de sua história, a Psicologia enquanto ciência foi se transformando e se ramificando em muitas Psicologias, com muitas divergências teóricas-metodológicas e campos de atuações.
Dentre as Psicologias que destacamos, é a Psicologia Positiva, que a partir de 1998, com Martin Seligman, na condição de presidente da American Psychological Association, escreveu artigos mensais que focalizavam a necessidade de mudança no foco das contribuições da Psicologia, ainda centrado numa prática historicamente orientada para a compreensão e tratamento de patologias. Segundo esse importante pesquisador, a ciência psicológica tem “esquecido” ou negligenciado a sua mais importante missão: a de construir uma visão de ser humano com ênfase em aspectos “virtuosos”. Nesta ótica, o movimento intitulado Psicologia Positiva vem afirmar-se na edição especial de 2001 do periódico American Psychologist, e é definido como uma “tentativa de levar os psicólogos contemporâneos a adotarem uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas” (SHELDON; KING, 2001, p. 216). Tendo em vista esta perspectiva, a ciência psicológica busca transformar velhas questões em novas possibilidades de compreensão de fenômenos psicológicos como felicidade, otimismo, altruísmo, esperança, alegria, satisfação e outros temas humanos, tão importantes para a pesquisa quanto a depressão, ansiedade, angústia e agressividade.
Outra contribuição importante na área da medicina, mas que a Psicologia se apropriou como área de interesse, é o método terapêutico da risoterapia, que foi idealizado pelo médico Hunter Admns, na década de 1960, cujo objetivo era promover no ambiente hospitalar momentos de descontração, humor, risos, gargalhadas, alegrias, amor, esperança, otimismo através de atividades lúdicas, visando uma qualidade de vida para os pacientes.
Os pacientes apresentavam melhoras significativas nos tratamentos, bem como se relacionavam e aderiam as recomendações técnicas das equipes de saúde. Com os doutores da alegria, o amor contagiante de Adms se disseminou para o mundo inteiro. Estudos científicos demonstram os benefícios do riso, tais como: fortalece o sistema imunológico, estimula a circulação, aumenta a criatividade, rejuvenesce, melhora a autoestima, combate a depressão, ansiedade, insônia e desordens psicossomáticas, alivia dores, através da liberação de endorfinas, controla a pressão alta e problemas do coração, combate estresse, e ajuda as pessoas a manterem uma atitude positiva diante da vida.
Diante do exposto, este projeto está fundamentado nestas perspectivas da Psicologia Positiva e do método terapêutico da risoterapia, como forma de enaltecer as virtudes humanas.
Dez acadêmicas participantes, que se dividiram em dois grupos, terão como objetivo visitar duas alas infantis do hospital Regional de Sorriso-MT. As alunas estavam fantasiadas de Psicólogas do Riso e atuaram com as crianças utilizando diversos elementos de mediação tais como: brinquedos, contação de histórias com fantoches, cantar músicas, propor desafios, atividades de imitações, além de doações de brinquedos.
Texto: Divulgação
Fotos: Divulgação